Aquele que Dá
Aquele que Dá
Espírito Esíades
Mensagem contida no livro Transcendendo as Estrelas
Disponível gratuitamente no site mediumfabiobento.com.br
“Não saiba a vossa mão esquerda o que dê a vossa mão direita”. Essas sublimes palavras do Evangelho do Cristo são perfeitas quando falamos de caridade. Evidente que quando falamos em caridade, pensamos automaticamente e em primeiro lugar de recursos financeiros. Mas, obviamente, existem muitas outras formas de se praticar a caridade, seja com tempo, dedicação ou coração.
Ainda mais, quando pensamos em caridade, seja de recursos financeiros, tempo, dedicação ou algo além, sempre imaginamos a caridade ao próximo. Essa doação é quase sempre percebida de maneira externa.
Mas aquele que dá, assim o pode realizar a si mesmo também. Ora, seria puramente egoísmo? Em certos casos, evidente que a resposta seria sim. Contudo, quantas vezes já não ouvimos que primeiramente temos que nos fortalecer para ajudar aos demais? Que quando o servidor está pronto, o trabalho aparece? E como ficaria pronto o servidor sem o devido preparo? Imagine ser servido por alguém despreparado. Não seria um resultado esperado.
São a essas situações as quais nos referimos. Quando o homem precisa de preparo para cumprir o que lhe cabe ou que ardentemente deseja de forma justa e honesta em seu coração. Aquele que dá, também pode dar a si mesmo. Com tempo de qualidade a estudos, observações, escutando ensinamentos valiosos, sendo humilde e perseverante, indulgente com os demais e consigo mesmo, evitando se cobrar com respostas rápidas e resultados imediatos de algo que recentemente iniciou.
E, claro, é possível fazer a caridade a outros enquanto faz a si mesmo, fortalecendo-se. Uma vez que a caridade é sempre instrumento de fortalecimento da alma.
Cuide apenas para que, nos atos de autocaridade, vossas mãos esquerdas não saibam das ações de suas mãos direitas, isto é, não se vanglorie. Melhor explicando: um lado nosso deseja melhoras e as busca e, o outro, vaidoso, anseia espalhar o quão maravilhosa está sendo essa caminhada. Não permitamos que a vaidade se apresente, evitemos, pois, as demasias na autoapreciação.
A caridade é bela, mas precisa ser regada em silêncio, mesmo de si mesmo.
