Joanna e a Atualidade: Mensagem 21
“A lei do Antigo Testamento está personificada em Moisés; a do Novo Testamento está personificada no Cristo. O Espiritismo é a Terceira Revelação da lei de Deus, mas não tem a personificá-la nenhuma individualidade, porque é fruto do ensino dado, não por um homem, mas pelos espíritos, que são as vozes dos céus, em todos os pontos da Terra, e por uma multidão inumerável de intermediários”.
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Cap. I
O Espiritismo
Início do item 9
Mensagem contida no livro Joanna e a Atualidade Através do Espiritismo
Disponível gratuitamente no site mediumfabiobento.com.br
Os homens abraçam a tendência de querer indicar referências para seguir, sejam elas nos campos da ciência ou da religião, ou mesmo de outros segmentos das mais diversas sociedades. Não é diferente com o Espiritismo.
Os resquícios do Catolicismo são evidentes em muitos momentos, pessoas e atitudes, dentro da religião espírita. Isso não é um fato digno de classificação moral, mas apenas um ponto a ser observado com atenção.
No Catolicismo existe uma figura central de liderança, cuja palavra seria a própria voz de Deus. O Papa ocupa o mais alto grau hierárquico dentro da religião católica; entretanto, não passa ele de um homem, como os outros, porém escolhido e instruído para liderar os demais dentro dos preceitos daquela religião.
Como narrado no texto acima, no Espiritismo não existe tal figura central representada por um homem, pois a principal mensagem quanto a isso é dizer que não existem distinções. Todos são importantes e possuem valores iguais perante Deus.
Mas os homens tendem a buscar a antropoformização de Deus em uma liderança, um exemplo, alguém para seguir.
Dentro das bases espíritas, isto está equivocado, haja vista que, desde a sua codificação por Kardec, já era pregada a igualdade e a não-personificação em nenhuma individualidade. Isto é, acreditamos, prejudicial tanto para o movimento quanto para aquele que carrega o pesado fardo de ser o eleito dos homens.
E tais eleitos quase sempre são os médiuns psicógrafos, cujos nomes atingem um pouco maior destaque. No entanto, não fazem eles nada além de seus trabalhos, cumprindo com suas missões e seus planejamentos reencarnatórios. Fazê-los carregar um fardo que não os pertence é empurrar para eles as próprias responsabilidades, pois se não há um líder e todos são iguais e importantes, significa dizer que a divisão de responsabilidades também é igual.; portanto, cada um precisa exercer a sua parcela.
Quando a comunidade espírita elege, por consenso popular, quem quer que seja para novo líder, para figura central, está prejudicando tal eleito com um peso que não é seu e que talvez não consiga suportar; está prejudicando o movimento espírita como um todo, haja vista que sai de suas características, desfigurando o propósito inicial; e o pior, prejudica igualmente a todos os eleitores, que, com isso, tentam isentar-se de responsabilidades que lhes dizem respeito, e acabam por perder a oportunidade de crescer de forma saudável dentro dos desígnios do Pai, ao transferi-las a outrem.
A cada um compete uma parcela de responsabilidade. Façamos cada um de nós a nossa parte e sejamos felizes com esse desempenhar.