A Nova Era Sob a Ótica de Erasto
A Nova Era Sob a Ótica de Erasto
A evolução espiritual da humanidade ocorre em ciclos, cada um marcando avanços na compreensão da realidade espiritual e na vivência dos princípios divinos. Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no Capítulo I, sob as “Instruções dos Espíritos”, encontramos um importante ensinamento de Erasto, discípulo de Paulo, que nos convida a refletir sobre a Nova Era e o papel do Espiritismo como consolidador das verdades anunciadas por Jesus.
Este artigo se propõe a analisar detalhadamente o trecho assinado por Erasto, refletindo sobre suas implicações na transição espiritual do planeta, no papel dos Espíritos missionários e no trabalho de Santo Agostinho como propagador da verdade espiritual.
O Papel de Santo Agostinho na Difusão do Espiritismo
Erasto destaca que Santo Agostinho é um dos maiores vulgarizadores do Espiritismo, manifestando-se em diversas partes do mundo. O motivo para essa atuação está na própria trajetória de Agostinho, que experimentou uma profunda transformação espiritual. Sua jornada, marcada por uma conversão drástica da impiedade para a fé cristã, reflete um fenômeno comum a muitos missionários da verdade: a iluminação interior após o confronto com as ilusões do mundo material.
Santo Agostinho, em sua fase terrena, foi um dos esteios do Cristianismo, mas ao adentrar o mundo espiritual, sua visão da realidade ampliou-se. Ele, que outrora interpretava a doutrina de Cristo dentro das limitações de seu tempo e dos dogmas eclesiásticos, reconheceu novas verdades ao se libertar das amarras da matéria. Seu testemunho revela que a evolução do pensamento não cessa com a morte física, mas se expande com a compreensão espiritual.
A Nova Era e a Revelação Espiritual Progressiva
Erasto enfatiza que o Espiritismo não destrói o que os missionários edificaram, mas amplia sua compreensão. Ele esclarece que Santo Agostinho, liberto da carne, percebeu novas luzes e compreendeu melhor as palavras do Evangelho. Este é um dos princípios fundamentais do Espiritismo: a revelação progressiva. O conhecimento não é estático, mas se aprimora conforme a capacidade de entendimento dos indivíduos e das sociedades.
A Nova Era que se anuncia é, portanto, a da luz do Espírito sobre a matéria, da compreensão sobre a cegueira dogmática, do amor sobre as imposições humanas. O Espiritismo, cumprindo a promessa do Consolador, traz a chave para a interpretação mais lógica e racional dos ensinamentos de Cristo, permitindo que cada indivíduo compreenda sua própria missão no contexto da evolução universal.
O Papel de Erasto na Consolidação da Nova Era
Ao assinar essa mensagem, Erasto confirma sua missão como instrutor da humanidade. Como discípulo de Paulo, ele compreendeu a importância da difusão da verdade e da educação moral para a elevação do espírito. A Nova Era que ele menciona não é apenas uma mudança de paradigma filosófico, mas a transição espiritual de um mundo de provas e expiações para um mundo regenerado.
O Espiritismo, ao revelar a continuidade da vida e a interação entre os planos espiritual e material, reafirma que a morte não é um fim, mas um prosseguimento. Assim como Santo Agostinho ampliou seu entendimento após desencarnar, também cada um de nós poderá, ao se libertar das ilusões terrestres, reconhecer com mais clareza a grandeza da obra divina.
O Chamado para a Nova Era
A mensagem de Erasto é um convite à reflexão e ao aprimoramento moral. A Nova Era não depende apenas da ação dos Espíritos superiores, mas também da disposição dos encarnados em absorver e vivenciar essas verdades. O Espiritismo, como ferramenta de esclarecimento, proporciona os meios para essa evolução, mas cabe a cada indivíduo trilhar o caminho da luz.
Que possamos, inspirados pelo exemplo de Santo Agostinho e sob a orientação de Erasto, abraçar a missão de propagar a verdade, iluminando consciências e preparando a humanidade para a era da harmonia e do amor.