27 de setembro de 2025

Comportamento dos Médiuns

Por O Redator Espírita
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Comportamento dos Médiuns

Espírito Ermance Dufaux

Mensagem contida no livro Cinco Temas para Cinco Amigos

Disponível gratuitamente no site mediumfabiobento.com.br

Entre as luzes do Excelsior, entre os vales de paz onde reina o amor e a bondade, estão muitos irmãos que na vida encarnada foram devotados trabalhadores do bem. Entre eles, contam nomes vultosos, ilustres habitantes terrenos, mas também contam nomes pouco conhecidos, anônimos na identidade, mas valorosos na fé e na atitude. Não há, pois, nada que diferencie o homem de bem, senão a fé em Deus e na vida futura. Nenhuma faculdade mediúnica ou trabalho espiritual pode ser maior que o devotamento exclusivo ao bem e à paz.

Muitos médiuns se iludem, julgando que por terem um planejamento reencarnatório visando o trabalho, mesmo que para quitação de dívidas passadas, estejam angariando mais que outro homem, que pouco faz, aos seus olhos, que pouco lê, que pouco ora, que pouco se esforça, tudo aos seus olhos. Porém, mesmo que seja verdade, este homem, na hora do testemunho da fé, no momento mais sublime do ser, tem um comportamento mais cristão, mais puro e transparente, mais amoroso, que a grande maioria dos médiuns que passaram anos estudando e ainda o fazem, sem falar nas horas semanais dentro do centro espírita realizando trabalhos mediúnicos, mas que no momento da caridade, se esvaziam na fé e respondem com orgulho, intolerância, impaciência e totalmente sem amor. Não se enganem queridos irmãos, não se deixem cair nas próprias armadilhas preparadas pelo orgulho e pela vaidade em ser médium. A virtude principal do homem de bem não é ser medianeiro da Seara de Jesus, é a fé, o amor e a caridade. Estas, as principais virtudes do homem de bem que deseja o porvindouro de paz e luz, repleto de bênçãos do Pai.

Aquele que age com fé, é aquele que confia nos desígnios celestes. Aquele, portanto, cuja fé é enfraquecida ou oscilante, é aquele que desconfia dos caminhos do Pai. Sem dúvida, tal desconfiança não há de ferir o Pai e não aos tarefeiros do bem. Porque somente ao próprio homem fere. Não desejamos aqui uma fé cega, ao contrário, convidamos à reflexão, às análises, aos raciocínios bem elaborados, lógicos e até, em alguns casos, complexos. Refletindo com clareza, alcança-se a confiança necessária que o coração de cada um pede, almeja. Façamos isso. Todos nós. Coloquemos nossas ações dentro do envoltório racional e teremos a beleza do esclarecimento e a glória do entendimento.

Para aqueles, porém, que apenas amam sem raciocínio, estão muito bem. Pois, possuem um amor puro, praticantes do amor pelo amor, tem este talento muito bem desenvolvido. Porém, como sabemos, é necessária a razão e o conhecimento aliados ao amor para o completo amadurecimento espiritual e moral do ser humano.

Para aqueles, porém, que apenas raciocinam sem amor, estes necessitam amar. Sem me alongar neste parágrafo, basta lembrarmo-nos do exemplo dos irmãos capelinos.

Sejamos fortes por nosso exemplo. Que ele seja de justiça, equilíbrio e atitudes voltadas ao bem e consagradas ao Pai. Sejamos fortes pela fé e não pelo que dizemos, mas pelo que fazemos, mesmo que anonimamente aos olhos terrenos. Não esmoreçamos nas sôfregas lidas diárias e nas duras frontes de batalha, sejam elas nos desdobramentos em regiões umbralinas, onde o resultado é quase sempre de vitória e satisfatório, sejam elas na tranquilidade quebrada de nossos lares íntimos por pessoas queridas e amadas, onde, por invigilância e falta de humildade, o resultado é quase sempre terrível e indesejado. Façamos luz em torno de nós, caminhemos com Jesus e amemos ao próximo como a nós mesmos e ao Pai acima de todas as coisas.

Muita paz e muita luz, que as palavras sejam recebidas com carinho e possam ser raciocinadas.