29 de maio de 2025

Joanna e a Atualidade: Mensagem 39

Por O Redator Espírita
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“A misericórdia é o complemento da doçura, porque aquele que não é misericordioso não saberia ser brando e pacífico; ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas”.

O Evangelho Segundo o Espiritismo

Cap. X

Perdoai para que Deus vos Perdoe

Trecho do item 4

Mensagem contida no livro Joanna e a Atualidade Através do Espiritismo

Disponível gratuitamente no site mediumfabiobento.com.br

O conceito de perdão ainda é um tema obscuro para os encarnados em aprendizado na Terra. Basta, para tanto, verificar a sua prática, quase sempre nula.

O que se pratica atualmente é um pseudoperdão. Por conveniência, alguém releva externamente algo de que foi vítima, mas permanece com o sentimento nocivo em si.

Através de nossa observação, podemos perceber que somente há o pseudoperdão quando há interesses em jogo. Ao contrário, quando, parafraseando os encarnados “não há nada para se perder”, a mágoa é mantida externamente e, muitas vezes, transforma-se em violência verbal e até mesmo física.

O real perdão é sincero, sem condições e não se dirige ao passado constantemente a fim de lembrar o fato ocorrido. Este perdão, desprovido de interesses, senão o puro gesto de perdoar, está em extinção na Terra.

É preciso desapego para perdoar. É preciso estar desprovido de orgulho e vaidade para perdoar. É preciso, antes de qualquer outro fator, entender os benefícios do perdão para quem o recebe e para quem o concede. E, ainda, entender os malefícios da mágoa gerada através do falso perdão ou da negativa em perdoar, para ambos os lados.

Quando se entende que cada criatura é o prosseguimento do outro e que estamos todos ligados a Deus, como não perdoar? É como se, deliberadamente, jogasse algum veneno nesta teia divina que pudesse fazer adoecer ao próprio executor e aos mais próximos a ele, em espaço ou em pensamento.

Por que alguém desejaria beber de seu próprio veneno? Não perdoar é envenenar a si mesmo.

Todavia, o verdadeiro perdão não está na ausência de interesses ou na vontade de não se envenenar. Está no ímpeto puro do coração, sem medir benefícios ou malefícios. É apenas um gesto.

O gesto do perdão não permite descrições ou adjetivos, pois que o perdão é divino, assim como nós e o amor.