Joanna e a Atualidade: Mensagem 39
“A misericórdia é o complemento da doçura, porque aquele que não é misericordioso não saberia ser brando e pacífico; ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas”.
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Cap. X
Perdoai para que Deus vos Perdoe
Trecho do item 4
Mensagem contida no livro Joanna e a Atualidade Através do Espiritismo
Disponível gratuitamente no site mediumfabiobento.com.br
O conceito de perdão ainda é um tema obscuro para os encarnados em aprendizado na Terra. Basta, para tanto, verificar a sua prática, quase sempre nula.
O que se pratica atualmente é um pseudoperdão. Por conveniência, alguém releva externamente algo de que foi vítima, mas permanece com o sentimento nocivo em si.
Através de nossa observação, podemos perceber que somente há o pseudoperdão quando há interesses em jogo. Ao contrário, quando, parafraseando os encarnados “não há nada para se perder”, a mágoa é mantida externamente e, muitas vezes, transforma-se em violência verbal e até mesmo física.
O real perdão é sincero, sem condições e não se dirige ao passado constantemente a fim de lembrar o fato ocorrido. Este perdão, desprovido de interesses, senão o puro gesto de perdoar, está em extinção na Terra.
É preciso desapego para perdoar. É preciso estar desprovido de orgulho e vaidade para perdoar. É preciso, antes de qualquer outro fator, entender os benefícios do perdão para quem o recebe e para quem o concede. E, ainda, entender os malefícios da mágoa gerada através do falso perdão ou da negativa em perdoar, para ambos os lados.
Quando se entende que cada criatura é o prosseguimento do outro e que estamos todos ligados a Deus, como não perdoar? É como se, deliberadamente, jogasse algum veneno nesta teia divina que pudesse fazer adoecer ao próprio executor e aos mais próximos a ele, em espaço ou em pensamento.
Por que alguém desejaria beber de seu próprio veneno? Não perdoar é envenenar a si mesmo.
Todavia, o verdadeiro perdão não está na ausência de interesses ou na vontade de não se envenenar. Está no ímpeto puro do coração, sem medir benefícios ou malefícios. É apenas um gesto.
O gesto do perdão não permite descrições ou adjetivos, pois que o perdão é divino, assim como nós e o amor.