Perguntas Sobre Amor e Sensibilidade
Perguntas Sobre Amor e Sensibilidade
Respostas do espírito de Irmã Ana
Mensagem contida no livro Cinco Temas para Cinco Amigos
Disponível gratuitamente no site mediumfabiobento.com.br
1- Querida irmã Ana, a sensibilidade seria um atributo inerente a todo espírito, independente do seu patamar evolutivo, ou seria uma conquista do ser em sua trajetória rumo ao Pai?
Meus amados irmãos, a sensibilidade é um atributo de todo ser que sai das doces mãos do Pai, sem dúvida. Como todos os demais atributos, também é ela sujeita à Lei do Progresso, portanto, pode ela ser melhorada, lapidada, de forma que, com o progresso moral, intelectual e espiritual do ser, a sensibilidade se aprimora e pode ser mais sentida e utilizada. Estamos em um ponto evolutivo onde os homens necessitam utilizar a sensibilidade para avançar. É neste momento em que esbarram muitos homens de boas intenções, pois que não são capazes de sentir, apenas de usar a razão. Não dizemos, em hipótese alguma, que não devamos usar a razão, pelo contrário, mas dizemos, sim, que apenas utilizá-la é um entrave evolutivo, pois que oprime o sentimento e, por conseguinte, a sensibilidade. Conforme evoluímos, mais sensível seremos a todas as coisas, ao Pai e suas Bênçãos.
2- Como ampliar a nossa capacidade de amar? Seria apenas pela prática incessante da caridade?
A prática da caridade é um dos melhores caminhos de acordo com o atual estágio evolutivo dos homens encarnados no planeta Terra. Conforme avança, o homem adquire mais conhecimento e se melhora, se burila. Porém, enquanto não entende certos mecanismos evolutivos, precisa ater-se a determinadas práticas para alcançar degraus evolutivos mais altos onde possa optar por outras práticas tão eficientes quanto às que praticou outrora. Portanto, dizemos que, hoje, fazer a caridade é a melhor prática para ampliar a capacidade de amar, visto que o amor ainda é relativamente muito novo ao homem encarnado na Terra; o amor é um conceito ainda no berçário planetário onde está o homem terreno. Por isso, o amor ainda é algo por demais misterioso a todos nós. E para ampliarmos ou amarmos no mais belo sentido deste verbo, devemos realizar ações que nos toquem profundamente a sensibilidade. Quando saciamos a fome de uma criança e recebemos um sorriso de agradecimento, algo em nós pulsa jubiloso. Desejamos sentir esse júbilo novamente, desejamos repetir esse sentimento. Para isso, procuramos oportunidades de praticar novas ações de caridade, pois que são as mais, digamos, fáceis, atualmente, de serem praticadas. Mas se formos capazes de alcançar tal júbilo em qualquer outra atividade, qualquer outra, estará aí o amor. O amor e a capacidade de amar estão em nós, e independem do objeto ao qual os direcionamos.
3- Reconhecemos que o egoísmo é a chaga que conduz o homem à indiferença por seu semelhante, obstruindo-lhe a capacidade de amar. Neste sentido, seria lícito àquele que queira vivenciar o amor, mas que simultaneamente reconheça o extenso caminho da reforma íntima ainda por fazer, suplicar a Deus a presença dos bons espíritos para auxiliá-lo nessa caminhada?
Toda súplica a Deus é lícita e será ouvida. Ainda mais se for motivada por nobres intenções. Apesar de a evolução ser individual, ou seja, nenhum espírito poderá prestar contas da evolução de um segundo, podemos ser ajudados, não há problemas nisso. Quando temos qualquer tipo de dificuldade, podemos recorrer a Deus, a Jesus e aos bons espíritos. Porém, devemos saber que eles não farão o trabalho sozinhos. Precisa o homem realizar sua parte no que tange à reforma íntima, principalmente neste aspecto. Se o homem se reconhece egoísta e recorre aos bons espíritos solicitando forças para ser mais generoso e solícito, é bom e justo, porém, deve o homem criar situações para expressar sua generosidade e estar disposto a praticar a solicitude nas mais diversas e adversas situações da vida. Sentirá dificuldades, sim, mas terá ajuda, pois estará se esforçando e tendo boa vontade, e como disse Jesus, bem-aventurados os homens de boa vontade.
4- Em trabalhos mediúnicos desenvolvidos no mundo astral inferior frequentemente nos deparamos com inteligências do mal cuja perversidade e crueldade são assustadoras. Considerando que a lei de amor é universal, como nutrir o verdadeiro amor por esses irmãos, no estágio evolutivo em que nos encontramos?
Como já explicado, o amor está em nós e o podemos expressar em todas as direções, inclusive para inteligências atualmente a serviço das trevas. Portanto, precisamos enxergar aquele ser como um filho legítimo de Deus. Por mais crueldades que faça e por mais perverso que seja, jamais deixará de ser amado pelo Pai. Nós é que, munidos de preconceitos e esteriotipações, bloqueamos nosso amor. O amor é incondicional, não impõe limites ou condições para existir. Quando, portanto, temos dificuldades para amar quem nos faz mal, seja em trabalhos mediúnicos ou no dia a dia terreno, estamos, na verdade, colocando os atos do malfeitor em primeiro lugar, com isso exaltando este feito. Devemos, ao contrário, minimizar o mal, pois não há lugar para ele, e maximizar o amor, pois o amor vence, o mal sucumbe. Quando não conseguimos amar quem nos fere, faltamos com amor e somos tão equivocados quanto ele.
5- Como um espírito que sempre teve sede de conhecimento e, dessa forma, ligado à razão por muitos séculos, e que, através disso, enveredou nas trevas, porém, recentemente, entrou no caminho do bem, pode aprender a amar e a ter sensibilidade rapidamente, já que o tempo urge?
Já explicamos o caminho da sensibilidade. É sem dúvida, de que todo progresso é lento e gradual, não há saltos, nem milagres. Porém, muitas vezes, o ritmo dos homens é lento demais, por não haver oportunidades para praticar e avançar. Quantas vezes o Pai proporciona inúmeras oportunidades que são desprezadas e tidas como fases ruins da vida. Então, digo que a marcha é lenta, sim, mas que atualmente, o ritmo ainda está muito abaixo do lento, por conta dos próprios homens. Portanto, se quiserem avançar no amor e na sensibilidade mais rapidamente, bastará seguir os desígnios do Pai e se esforçar em enxergar e buscar oportunidades de fazer o bem e promover a paz.