Doçura e Liberdade

Espírito Irmã Ana

Mensagem contida no livro Transcendendo as Estrelas

Disponível gratuitamente no site mediumfabiobento.com.br

Fora da caridade não há salvação, meus irmãos, assim como Jesus nos relata na parábola do bom samaritano. Desta forma, ao nos depararmos com situações onde a fome, o frio, a sede ou qualquer desassistência exista, temos a oportunidade de oferecer ajuda, sendo assim, ofertando auxílio à causa Cristã. Todavia, teremos sempre a liberdade de ação. Nada é imposto, mas tudo é considerado.

Ao optarmos pela caridade genuína nas ações, poremos em prática a doçura que habita em nós. E, por genuína, me refiro à falta de interesses, não como uma barganha espiritual, onde hoje se dá para amanhã não ser julgado por isso. Uma ação de caridade genuína começa quando encontramos irmãos necessitados em nossos caminhos, não quando buscamos irmãos necessitados em qualquer lugar, somente no intuito de praticar um ato, dito caridoso. Caridade a si mesmo, interesseira e maliciosa. Tem seu valor, é claro. Aquele que a recebe obviamente é beneficiado. Contudo, não é sobre isso a parábola. Não é sobre caridade com dia e hora marcadas. A caridade genuína é sobre a imprevisibilidade do caminho. Quando seguimos e encontramos a miséria e a dificuldade alheia, dentro de um cenário de dificuldades próprias. Onde nos confrontamos com a dualidade entre garantir a integralidade de nossos poucos recursos ou compartilhar dentro da própria escassez na qual nos encontramos. É nesse ponto que o verdadeiro cristão aparece. Aqui onde o Pai, sendo o bom pastor, irá separar os bodes das ovelhas.

Para alcançar a capacidade doadora diante esse cenário, necessita o homem de uma doçura que não provém de si mesmo, mas que encontra na fé que tem nos desígnios do Pai.

Portanto, irmãos, há liberdade de escolha sempre. Mas quando não há doçura vinda de Deus residindo no coração do homem, a escolha já está tomada. Pois que, sem esta doçura celeste, doar dentro de um cenário imprevisível, onde há poucos recursos, torna-se impossível.

Nunca foi sobre dar moedas, comida, água, roupas ou abrigo. Isso é bom e válido. Mas a parábola sempre foi sobre o que temos em nossos corações. É isso que irá prevalecer quando encontramos a necessidade alheia. Não haverá dúvida, uma vez que a Doçura Divina já estará em nós de maneira pulsante.

Procuremo-la, pois quando chegar a hora do testemunho, serão muitos os chamados, mas poucos os escolhidos.

• Instagram
• Facebook