Julgamentos
Julgamentos
Espírito Ermance Dufaux
Mensagem contida no livro Luzes do Amanhecer – Mensagens para Renovação Íntima
Disponível gratuitamente no site mediumfabiobento.com.br
Quanto mais distante do Pai, quanto menos evoluído, quanto mais ignorante acerca das questões cósmicas, mais se cerca o homem do poder de julgar seus semelhantes. Evidente que tal capacidade não é de sua alçada, mesmo que fosse um ser evoluído. E, para constar, seres evoluídos procuram se despojar, ao máximo, de qualquer comentário ou sentimento pertinente a julgamento.
Porém, o que se constata, é que cada vez mais o homem empolga-se com oportunidades de julgar atos de seus irmãos.
Em primeiro lugar, não cabe a ele o ato de julgar. Em segundo lugar, não tem ele capacidade de julgamento moral isento de interferências de sua própria personalidade e valores sociais.
Sem dúvida, tratamos aqui não de julgamentos em esfera jurídica, e sim daqueles que acontecem todos os dias, em qualquer lugar, onde qualquer um se acha no direito de analisar e pedir punição para os atos alheios.
E, em terceiro lugar, o homem encarnado atualmente na Terra, guardando suas parcas exceções, prefere atacar o ferido a oferecer ajuda, prefere chutar quem está caído a perguntar o motivo da queda. Prefere apontar o dedo, sem caridade, e expor seu irmão, seja quem for, à opinião pública, que se torna um júri invariavelmente cruel, a guardar silêncio e preferir a calma e a discrição.
Meus irmãos, não temos nós o poder do julgamento, pois não conhecemos as razões e a teia de acontecimentos, muitas vezes de encarnações passadas, que culminaram em tal ou qual evento.
Em alguns casos, o atual ofensor, foi a vítima pretérita. Em outros casos, o tido como criminoso, foi apenas um instrumento do Alto, que o utilizou para levar efeito à vítima de causa anterior, e ele mesmo, “criminoso”, foi beneficiado por queima cármica, devido a tal ação.
Não conhecemos os mistérios e os raciocínios sempre justos de Deus. Somente Ele pode nos julgar e dar veredictos. Nós não possuímos esse direito e essa responsabilidade. Não esqueçamos que julgar não é apenas uma ação vazia, isenta de conseqüências. Sendo assim, está carregada de responsabilidade. Desta forma, ao apontarmos o dedo e julgarmos nossos semelhantes, não apenas fazemos algo que não nos diz respeito, mas contraímos dívidas com nosso réu, devido à responsabilidade contida no ato de julgar. Sejamos caridosos. Com nosso próximo e com nós mesmos. Evitemos o julgamento, seja precipitado ou carregado de razões embasadas de provas. Ao contrário, ofereçamos ajuda. A quem for e em qualquer situação.