19 de julho de 2025

Vitimização

Por O Redator Espírita
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Vitimização

Espírito Ermance Dufaux

Mensagem contida no livro Luzes do Amanhecer – Mensagens para Renovação Íntima

Disponível gratuitamente no site mediumfabiobento.com.br

Mesmo que seu irmão lhe cometa uma injustiça, não se faça de vítima. Mesmo que alguém lhe atire uma pedra, mesmo que tendo cometido pecados, não se faça de vítima. Mesmo que seja roubado e espancado… não se faça de vítima.

Quando sofremos uma ação alheia, que consideramos injusta, temos a tendência a reagir com intolerância e discursar como fôssemos vítimas da situação. Não mais repita isto.

Isto fere a autoestima e nos faz acreditar que somos e seremos sempre as vítimas. Você pode entender que, nas primeiras vezes, esse quadro de autovitimização pode não acontecer, e estará certo. Mas o vício já estará se instalando no cerne do entendimento e, no inconsciente, em suas camadas mais profundas, um sinal, que ecoará como sirene na consciência e você não saberá determinar o porquê e as origens, já estará pronto para ser soado na próxima situação similar àquelas primeiras, onde se fez de vítima porque quis. Isso significa que você passará de vítima por opção a vítima de suas próprias escolhas, sendo vítima patológica. Sim, patologia tem relação com doenças.

Significa ainda que, em pouco tempo, estará doente, e sua disfunção será o complexo de vitimização.

Portanto, se ainda não se faz de vítima em todas as circunstâncias, você pode evitar tal complexo. Basta, mesmo que acometido por injustiças, que aja, que se refaça. Reclame, com embasamento, não com histeria, a entidades competentes; cobre providências, reúna recursos para que futuras injustiças não voltem a acontecer. Faça o que for, desde que lícito e polido. Mas faça. Não apenas chore e lamente o que já aconteceu.

Injustiças acontecem sempre. Não somente com você. Acontecem com todos nós. Diariamente. A diferença é a forma como reagimos diante desses cenários. Alguns lamentam e alimentam o vício que produzirá o complexo de vitimização. Outros sentem o peso da injustiça, sim, mas agem no sentido de cuidar e evitar que tal situação volte a acontecer.

Mas se você já se identificou como vítima patológica, isso é bom, porque você já está ciente do problema. Basta que, ao perceber uma nova situação onde normalmente se vitimaria, você aja diferentemente e entenda que já aconteceu, que não adianta mais reclamar, e sim analisar o que poderia ter sido feito de diferente, para que tal situação não acontecesse, se pudesse ser evitada, para que no futuro sirva de referência. Busque explicação em si mesmo, não nos outros. Seja exigente consigo. Talvez, a prevenção de uma injustiça esteja em um ato próprio. Pense nisso. Não apenas reclame e se faça de vítima.